mardi 12 juillet 2011

Juan Gualberto Gómez:

Alguns de seus poemas


Um dos patriotas mais consequentes com os princípios independentistas que a História de Cuba conheceu. É mencionado pela historiografia cubana quase sempre por ser a pessoa eleita por José Martí para organizar os preparativos dentro da Ilha para a Guerra de Independência. A grandeza de sua vida e obra estava na capacidade que teve para desempenhar com acerto e de maneira destacada, ao longo de sua existência, nos diferentes âmbitos da esfera pública e política dentro e fora de Cuba.


Mercedes Ibáñez

No dia 22 de janeiro de 1869 os voluntários espanhóis atacam a um grupo de simpatizantes da independência de Cuba no Teatro Villanueva de Havana. O jovem Juan Gualberto, junto com outros jovens amigos que se ocupavam da limpeza e ordem do lunetario depois de cada espetáculo(carruajero) para assim conseguir entrada livre às apresentações, estava ali quando isso ocorreu. Seus pais decidiram então distanciar o inquieto e precoce Juan Gualberto do confuso e turbulento clima existente e enviá-lo a França com o apoio de suas antigas amas do engenho Vellocino. Assim foi que chegou a Paris com apenas 15 anos para estudar o ofício de condutor de carruagens, o que naquele período era um dos ofícios melhor remunerados para os homens de raça de cor. Porém a inteligência daquele jovem sobrepujou rapidamente os ensinamentos recebidos. E passou à escola preparatória para ingressar na escola de engenheiros. Ao mesmo tempo continuava instruindo-se em uma Academia noturna e acumulando toda informação que favoreceria anos mais tarde sua formação enciclopédica. Sua estada em Paris de 1869 a 1876, os acontecimentos da Comuna em 1871, sua vinculação direta e pessoal com o vice-presidente da República em Armas, Francisco Vicente Aguilera, em missão na França em 1872, e a quem serviu de tradutor pelo domínio que possuía da língua francesa, e em geral o ambiente político-cultural dos anos que ali viveu, fizeram de Juan Gualberto também um cultivador da poesia, da literatura e das artes em geral; facetas de sua vida não suficientemente investigadas nem divulgadas.





Juan Gualberto Gomez


MEUS PRAZERES

Eu sou dos que passam todo um dia
Um quadro, uma estátua contemplando,
E logo vão, gozosos recitando
De memória uma doce melodia.

Para encher meu peito de alegria
Basta um Corot, suas vacas pastoreando;
De Lamartine, um pensamento brando;
De Rembrant, a lição de anatomia.

As pessoas não compreendem meus prazeres,
Mas a opinião das pessoas importa pouco
Se a alma goza solitária e quieta.

Por isso deixo aos ignorantes opinarem e a mulheres
Qualificar de imbecil e de louco
Meu coração de artista e de poeta.


Paris. 1876





Juan Gualberto Gomez. 1925



CACAJICARA

Sobre o sopé das abruptas montanhas
O baluarte cubano se levanta,
E ao redor de sua bandeira santa
Se agrupam os que lutam por sua terra.

O ruído do canhão não os atemoriza
Nem o disparo do máuser os quebranta
Quando em sua frente se adianta
O inimigo em formação de guerra.

Já iniciam o ataque: Viva Espanha!
Ruge a tropa, à qual o chefe assanha
Para que se atreva o morro a subir.

Porém a heróica horda de Maceo
A dizima em seu sublime macheteo
Gritando ao derrotá-la “Viva Cuba”.


Ceuta. 1897






" Pensador ". Villa Manuelita. La Habana





A grandeza de sua vida e obra estava na capacidade que teve para desempenhar com acerto e de maneira destacada, ao longo de sua existência, nos diferentes âmbitos da esfera pública e política dentro e fora de Cuba.







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