vendredi 30 mars 2012

Se não aprendemos a compreender, não aprenderemos jamais a sobreviver.

Os caminhos que conduzem ao desastre






Esta Reflexão poderá ser escrita hoje, amanhã ou qualquer outro dia sem risco de enganar-se. Nossa espécie encara novos problemas. Quando expressei há 20 anos na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, que uma espécie estava em perigo de extinção, tinha menos razões do que hoje para advertir sobre um perigo que via talvez à distância de 100 anos. Então uns poucos líderes dos países mais poderosos conduziam o mundo. Aplaudiram por mera cortesia minhas palavras e continuaram placidamente cavando a sepultura da nossa espécie.

Parecia que em nosso planeta reinava o sentido comum e a ordem. Havia tempo que o desenvolvimento econômico apoiado pela tecnologia e pela ciência assemelhava ser a Alfa e Ômega da sociedade humana.
Agora tudo está muito mais claro. Verdades profundas foram se abrindo passo. Quase 200 Estados, supostamente independentes, constituem a organização política à que em teoria corresponde reger os destinos do mundo.

Por volta de 25 mil armas nucleares nas mãos de forças aliadas ou antagônicas dispostas a defender a ordem mutante, por interesse ou por necessidade, reduzem virtualmente a zero os direitos de milhares de milhões de pessoas.

Não cometerei a ingenuidade de colocar na Rússia ou na China, a responsabilidade pelo desenvolvimento desse tipo de armas, depois da monstruosa chacina de Hiroshima e Nagasaki, ordenada por Truman, após a morte de Roosevelt.

Também não cairia no erro de negar o holocausto que significou a morte de milhões de crianças e adultos, homens ou mulheres, principalmente judeus, ciganos, russos ou de outras nacionalidades, que foram vítimas do nazismo. Por isso repugna a política infame dos que negam ao povo palestino seu direito a existir.

Acaso alguém pensa que os Estados Unidos serão capazes de agir com a independência que os preservem do desastre inevitável que lhes espera?

Em poucas semanas os 40 milhões de dólares que o presidente Obama prometeu arrecadar para sua campanha eleitoral só servirão para demonstrar que a moeda de seu país está muito desvalorizada e que os Estados Unidos, com sua insólita e crescente dívida pública que se aproxima dos 20 mil milhões de milhões de dólares, vive do dinheiro que imprime e não do que produz. O resto do mundo paga o que eles esbanjam.

Tampouco ninguém acredita que o candidato democrata seja melhor ou pior que seus adversários republicanos: chame-se Mitt Romney ou Rick Santorum. Anos-luz separam os três de personagens tão relevantes como Abraham Lincoln ou Martin Luther King. É realmente inusitado observar uma nação tão poderosa tecnologicamente e um governo tão órfão de ideias e valores morais ao mesmo tempo.

O Irã não possui armas nucleares. É acusado de produzir urânio enriquecido que serve como combustível energético ou componentes de uso médico. Quer queira quer não, sua posse ou produção não é equivalente à produção de armas nucleares. Dezenas de países utilizam o urânio enriquecido como fonte de energia, mas este não pode ser empregue no fabrico de uma arma nuclear sem um processo prévio e complexo de purificação.

Contudo, Israel, que com a ajuda e a cooperação dos Estados Unidos fabricou o armamento nuclear sem informar nem prestar contas a ninguém, hoje sem reconhecer a posse dessas armas, dispõe de centenas delas. Para impedir o desenvolvimento das investigações em países árabes vizinhos atacou e destruiu os reatores do Iraque e da Síria. Tem declarado por sua vez o propósito de atacar e destruir os centros de produção de combustível nuclear do Irã.

Em torno a esse tema crucial tem estado girando a política internacional nessa complexa e perigosa região do mundo, onde se produz e fornece a maior parte do combustível que movimenta a economia mundial.

A eliminação seletiva dos cientistas mais eminentes do Irã, por parte de Israel e seus aliados da NATO, tornou-se numa prática que incentiva os ódios e os sentimentos de vingança.

O governo de Israel tem declarado abertamente seu propósito de atacar a planta produtora de urânio enriquecido no Irã, e o governo dos Estados Unidos tem investido centenas de milhões de dólares na fabricação de uma bomba com esse propósito.

Em 16 de março de 2012 Michel Chossudovsky e Finian Cunningham publicaram um artigo revelando que “Um importante general da Força Aérea dos E.U.A. tem descrito a maior bomba convencional –a arrebenta-refúgios de 13,6 toneladas– como ‘grandiosa’ para um ataque militar contra o Irã.

“Um comentário tão loquaz sobre um maciço engenho assassino acontece una mesma semana em que o presidente Barack Obama se apresentou para advertir contra a ‘fala à ligeira’ sobre uma guerra no Golfo Pérsico.”

“…Herbert Carlisle, vice-chefe do Estado-maior para operações da Força Aérea dos E.U.A. […] acrescentou que provavelmente a bomba seria utilizada em qualquer ataque contra o Irã ordenado por Washington.

“O MOP, ao que também se referem como ‘A mãe de todas as bombas’, está fabricado para perfurar através de 60 metros de betão armado antes de detonar sua bomba maciça. Julga-se que é a maior arma convencional, não nuclear, no paiol estadunidense.”

“O Pentágono planifica um processo de ampla destruição da infraestrutura do Irã e inúmeras vítimas civis mediante o uso combinado de bombas nucleares táticas e monstruosas bombas convencionais com nuvens em forma de fungo, incluídas a MOAB e a maior GBU-57A/B ou Massive Ordnance Penetrator (MOP), que excede à MOAB em capacidade destruidora.

“A MOP é descrita como ‘uma poderosa nova bomba que aponta diretamente às instalações nucleares subterrâneas do Irã e da Coréia do Norte. A imensa bomba –mais comprida que 11 pessoas colocadas ombro com ombro, ou mais de 6 metros desde a base até a ponta’.”

Peço ao leitor que me desculpe por esta linguagem emaranhada da gíria militar.

Como se pode constatar, tais cálculos partem do suposto de que os combatentes iranianos, que abrangem milhões de homens e mulheres conhecidos por seu fervor religioso e suas tradições de luta, render-se-ão sem disparar um tiro.

Em dias recentes os iranianos têm visto como os soldados dos Estados Unidos que ocupam Afeganistão, em apenas três semanas, urinaram sobre os cadáveres de afegãos assassinados, queimaram os livros do Alcorão e assassinaram a mais de 15 cidadãos indefesos.

Imaginemos às forças dos Estados Unidos lançando monstruosas bombas sobre instituições industriais capazes de penetrar 60 metros de betão armado. Jamais semelhante aventura fora concebida.

Não é preciso mais uma palavra para compreender a gravidade de semelhante política. Por essa via nossa espécie será conduzida inexoravelmente rumo ao desastre. Se não aprendemos a compreender, não aprenderemos jamais a sobreviver.

Por minha parte, não albergo a menor dúvida de que os Estados Unidos estão a ponto de cometer e conduzir o mundo ao maior erro de sua história.



Fidel Castro Ruz
21 de março de 2012
19h35.






Foto, Francisco Rivero






La rencontre organisée le vendredi 23 mars 2012 à l’UNESCO

se veut le reflet de notre pari éducatif et militant qui vise à enrichir le vivre ensemble républicain, par la promotion d’une harmonie citoyenne construite dans et par la laïcité et la diversité.





La FFCU se mobilise à côté des migrants pour une commémoration commune de la Journée Internationale de lutte contre le racisme et toute forme de discrimination.

Par Yves Lopez, président
et Ardiouma Sirima, secrétaire génénal

"En proclamant la Journée internationale en 1966, en écho aux grandes mobilisations qui avaient éclaté en 1960 en Afrique du Sud et au plan international pour dénoncer la violence de la police de l’apartheid, l’Assemblée générale des Nations Unies a engagé la communauté internationale à redoubler d’efforts pour éliminer toutes les formes de discrimination raciale.

Une décennie plus tard, l’instance onusienne décidait de la tenue, chaque année à compter du 21 mars, d’une semaine de solidarité avec les peuples en lutte contre le racisme et la discrimination raciale, qui devrait être organisée dans tous les États. La Fédération Française des Clubs UNESCO, dans la continuité de ses engagements antérieurs, entend poursuivre sa contribution dans ce combat de longue haleine en co-organisant cette année avec des associations issues de la migration, une rencontre commémorative le vendredi 23 mars au siège de l’UNESCO à Paris.

Placées sous l’égide de l’UNESCO et de la Commission Française pour l’UNESCO*, les activités programmées lors de cette édition 2012 visent à concrétiser le thème annuel de la FFCU « Rendre la primauté aux citoyens ! ».

En effet, dans le contexte mondial et hexagonal actuel, rendre la primauté aux citoyens en cette journée hautement symbolique consiste, nous semble-t-il, à rendre possible à l’UNESCO, c’est-à-dire au cœur même de la plus belle enceinte incarnant notre humanisme contemporain, la prise de parole de celles et ceux qui, venus d’ailleurs, vivent et partagent notre quotidien républicain. Un quotidien souvent parsemé, pour eux, de nombreuses embûches et d’épreuves pénibles , mais aussi, parfois , de rencontres et de tranches de vie positives et exaltantes. La Rencontre du 23 mars 2012 se veut donc le reflet de notre pari éducatif et militant qui vise à enrichir le vivre ensemble républicain, par la promotion d’une harmonie citoyenne construite dans et par la laïcité et la diversité.

Des associations de migrants Africains, de Latino-américains et de Roms vont lever, par l’alternance croisée de leurs récits de vie et de leurs analyses, plusieurs coins du voile qui couvre pudiquement les souffrances des étrangers dans notre douce France. Ils traceront ensemble, une fois le décor ainsi planté, les différents champs du possible afin de dessiner collectivement les sentiers d’un vivre ensemble meilleur, en bonne intelligence avec la citoyenneté républicaine de leur pays d’accueil.

Ces échanges entre migrants se prolongeront en s’ouvrant à un dialogue plus large au travers des questions et des prises de paroles des jeunes des Clubs UNESCO. Ces élèves de lycée, déjà investis dans leurs établissements dans des actions de lutte contre le racisme et toutes les formes de discrimination, au delà de leurs témoignages, chercheront à trouver les points de convergences entre leur militance et les combats des migrants engagés pour le respect de leurs droits.

Aux associations de migrants, dont la parole sera centrale, dignifiée et valorisée, et à l’expression des jeunes militants de nos clubs, nous voulons associer les délégations permanentes à l’UNESCO de pays avec lesquels nous entretenons des liens particulièrement étroits : Burkina Faso, Mali et Sénégal pour l’Afrique, Argentine, Cuba et Paraguay pour l’Amérique latine et Roumanie pour l’Europe. Une telle présence garantira à notre manifestation la plus grande richesse de points de vue, éducatifs, associatifs et institutionnels et permettra, sans aucun doute, la construction d’une posture commune.

Par ailleurs, nous voulons que cette manifestation du 21 mars (que nous tiendrons le vendredi 23) soit considérée comme la première phase d’un grand séminaire que nous voudrions tenir en 2013, à l’UNESCO et sous l’autorité de l’UNESCO, qui rassemblerait les fédérations nationales de clubs UNESCO intéressées, dont l’ambition et l’objectif serait de repenser, dans l’actualité des temps et des problématiques, la question pour nous essentielle de la solidarité nord-sud.

Bien sûr, pour cet évènement également, nous veillerons à associer le plus grand nombre des délégations permanentes qui pourraient porter attention à notre initiative.

Il faut donc comprendre la journée du 23 mars 2012 comme partie intégrante d’une initiative plus large que le mouvement des clubs UNESCO devra porter dans une volonté d’agir ensemble, à l’échelle planétaire, pour la construction d’un monde de paix et de justice."














OS TEMPOS DIFÍCEIS DA HUMANIDADE

Trata-se sem dúvidas de fatos insólitos.





O mundo está cada vez mais desinformado no caos de acontecimentos que se produzem a ritmos jamais suspeitados.

Os que temos vivido um pouco mais de anos e experimentamos determinada avidez pela informação, podemos testemunhar o volume de ignorância com que encarávamos os acontecimentos.

Enquanto no planeta um número crescente de pessoas carece de habitação, de pão, d’água, de saúde, de educação e de emprego, as riquezas da Terra são malgastadas e esbanjadas em armas e em intermináveis guerras fratricidas, o qual se tornou – e se desenvolve cada vez mais- em uma crescente e abominável prática mundial.

Nosso glorioso e heróico povo, apesar de um desumano bloqueio que já dura mais de meio século, não tem inclinado jamais suas bandeiras; lutou e lutará contra o sinistro império. Esse é nosso pequeno mérito e nosso modesto contributo.

No pólo oposto de nosso planeta, onde está localizada Seul, capital da Coréia do Sul, o presidente Barack Obama se reúne numa Cúpula sobre segurança nuclear para impor políticas vinculadas à disposição e ao uso das armas nucleares.

Trata-se sem dúvidas de fatos insólitos.

Pessoalmente não percebi estas realidades por mero acaso. Foram as experiências vividas durante mais de 15 anos desde o triunfo da Revolução cubana – após a batalha de Girón, o criminoso bloqueio ianque para render-nos mediante a fome, os ataques piratas, a guerra suja e a crise dos mísseis nucleares no mês de outubro de 1962 que colocou o mundo à beira de uma sinistra hecatombe -, quando tive a certeza de que marxistas e cristãos sinceros, dos quais conheci muitos; independentemente de suas crenças políticas e religiosas, deviam e podiam lutar pela justiça e pela paz entre os seres humanos.

Assim o proclamei e assim o sustento sem nenhuma vacilação. As razões que hoje posso alegar são absolutamente válidas e ainda mais importantes, porque todos os fatos acontecidos desde há quase 40 anos o confirmam; hoje com mais razão do que nunca, porque marxistas e cristãos, católicos ou não; muçulmanos, xiitas ou sunitas; livre pensadores, materialistas dialéticos e pessoas pensantes, ninguém seria partidário de ver desaparecer prematuramente nossa única espécie pensante, na espera de que as complexas leis da evolução criem outra semelhante e que seja capaz de pensar.

Será com prazer que amanhã, na quarta-feira, cumprimentarei a Sua Excelência o Papa Bento XVI, como o fiz com João Paulo II, um homem ao qual o contacto com as crianças e com os cidadãos humildes do povo suscitava-lhe, invariavelmente, sentimentos de afeto.

Por isso, decidi solicitar-lhe alguns minutos do seu muito ocupado tempo quando conheci, segundo palavras de nosso chanceler Bruno Rodríguez, que ele gostaria deste modesto e simples contacto.

Fidel Castro Ruz
27 de março de 2012
20h35
















Les paroles de la Foire

Paroles prononcées par Ambrosio Fornet lors de la cérémonie inaugurale de la 21e Foire Internationale du Livre de La Havane. Forteresse de San Carlos de la Cabaña, 9 février 2012.





Permettez-moi de commencer avec une anecdote, mais non sans avoir avant remercier la générosité de tant d´amis – en commençant par les organisateurs de la Foire – pour avoir le privilège d’être ici pour partager avec ma chère amie Zoila Lapique et avec vous la joie du moment.

Quand j´ai publié mon premier livre, il y a plus de 50 ans, j’ai envoyé un exemplaire à deux professeurs dont je conservais un bon souvenir, et le commentaire de l´un d´eux, en accusant réception, m´a surpris : « Félicitations. Vous avez offert votre contribution à la société ». Cela ne m’a pas été facile de déchiffrer ces mots mystérieux. Jusqu´alors j’avais utilisé l´écriture comme une cuirasse, et l´idée qu´un de mes livre puisse « contribuer » en une certaine mesure à améliorer ou à changer quelque chose – sauf l´opinion qu´avaient sur moi les personnes qui le recevraient comme un cadeau – s´avérait complètement étrange. Mais quand les petits groupes de lecteurs potentiels ont commencé à croître jusqu´au point qu’ils semblent comprendre tout un peuple, je me suis rendu compte que la littérature pouvait avoir une fonction sociale et, avec elle, l´office d´écrivain acquérait une nouvelle dignité.

Cette festivité du livre et de la lecture, qui fête déjà son 21e anniversaire, le démontre largement. Et elle s’honore de la présence de ses invités spéciaux, des auteurs et des éditeurs de notre espace géographique et culturel le plus immédiat, les Antilles de Hostos, de Betances et des Henríquez Ureña – pour ne pas parler de Máximo Gómez, un de mes auteurs favoris – ; les Caraïbes de Cyril James, de Price-Mars et d´Alexis, de Cesaire et de Glissant, d´Eric Williams et de Juan Bosch, de tant d´autres narrateurs, poètes et essayistes… C’est un plaisir de vous donner la bienvenue sur cette Île entourée de livres de toute part, la terre de Martí, de Guillén, de Carpentier et de l´idée bénie de la culture comme « ajiaco ».

Nous sommes nouvellement entrés dans une époque de changements. Que ces changements se produisent dans une continuité ne signifie pas que nous ne devons pas nous préoccuper. Ce qui nous préoccupe est le legs. Est-il certain que les facteurs positifs prédominent sur les négatifs dans la société que nous léguons aux nouvelles générations ? Pour ceux qui pensent que oui, la tâche que nous affrontons – longue pour beaucoup de vous, brève pour nous, ceux qui arrivent à la fin du chemin – nous paraît très claire : trouver la façon de renforcer et de renouveler les conquêtes, de balayer patiemment la poussière accumulée. Pour cela nous comptons, en mesure modeste, avec l´éducation, l´instruction et la culture. On ne peut pas tracer un signe d´égalité entre elles, mais toutes ont une chose en commun : elles sont des expressions du talent, de la persévérance et de la conduite individuelle et sociale qui favorisent les relations humaines. De sorte qu´il ne nous suffise pas de savoir qu´on publie des livres, qu’on inaugure des expositions, qu’on étrenne des œuvres de théâtre et de ballet, qu’on divulgue les expressions les plus authentiques que notre folklore urbain et rurale ; nous avons aussi besoin de savoir combien ont reculé le machisme et l’homophobie, comment nous allons affronter le désaccord, les indisciplines sociales, les préjugés raciaux, la corruption administrative, le lest visqueux que nous a laissé la crise des années 90. Si nous – les écrivains, les artistes, les travailleurs du milieu – nous mettons tant d’engagement dans la projection sociale de nos activités c’est parce que nous croyons qu´ils accomplissent aussi une fonction civique, ceux qui lisent un bon livre, écoutent de la bonne musique ou assistent à la première d´une oeuvre théâtrale sont moins enclins à violer certaines normes de conduite ou à abuser de la patience des autres. Autrement dit, nous croyons qu´il existe une relation entre le comportement individuel et social, entre les nécessités spirituelles et les normes de coexistence. Mais comme nous ne savons pas quelle portée a ce lien, nous assumons comme tâche irrévocable celle de continuer à créer les bases qui favorisent la prédominance du meilleur sur le pire, de sorte que notre société arrive à être celle où, en l’exprimant avec la formule classique, le libre développement de chacun soit la condition pour le libre développement de tous, où nous pouvons continuer à forger en commun cette nation pour le bien de tous, ce qui est notre aspiration la plus légitime.

Et là nous nous heurtons avec l’inéluctable réalité que les conditions qui favorisent le développement culturel ont aussi un fondement économique. Nous savons déjà, par expérience propre, que l´appui étatique sans restriction à l´instruction et à la culture a produit – depuis les temps déjà éloignés de la Campagne d´Alphabétisation et de la création de l’Imprimerie Nationale une expansion culturelle sans précédent dans notre histoire, mais jusqu´à où est-il possible de maintenir cet appui en temps de crise et de changements ? Il nous revient de trouver la réponse sans abjurer notre sens de la justice et sans oublier que même à la question la plus difficile on peut lui donner une réponse facile – dictée par l´ignorance ou la routine –, donc il ne convienne pas d´écarter sans plus la possibilité que quelqu’un, au fil du temps, ait l´idée d´appliquer, dans notre milieu, le principe de la rentabilité économique qui doit régir dans d´autres domaines. Cela conduirait à une question rhétorique – le simple fait de la poser démontrerait qu´on connaît à l´avance la réponse : À qui « sert » la culture littéraire et artistique ? Ou, plus concrètement, qu’elle est son « utilité » – c´est-à-dire, quel degré de « rentabilité » – peut-on attendre d´un concert de l’Orchestre Symphonique, d´un livre d´essais, d´un musée d´arts visuels ? En fin, nous sommes préoccupés par le fait que les rajustements socio-économiques, que les clins d’œil du marché et le cours inexorable du temps peuvent dissoudre ou réduire au minimum le processus d´affirmation de l´identité – ou, si vous préférez, de décolonisation culturelle – qui a caractérisé nos recherches dans le passé. Et nous sommes préoccupés que la crise des valeurs produite par l´échec du socialisme européen puisse aboutir, dans le cas de nos écrivains – surtout les critiques et les essayistes –, à la philosophie du tout bon ou du sauve ce que l’on peut, l’antithèse de la notion même de culture et, en particulier, de la culture que nous avons essayé de consolider au cours de ces années. Heureusement, nous nous appuyons sur une tradition créative – en incluant celle formée par la recherche et la critique – qui a démontré être infatigable dans sa recherche de l´authenticité.

Et, puisque nous parlons de tradition, permettez-moi de terminer en rappelant que cette année nous fêtons le bicentenaire de la naissance d´Antonio Bachiller y Morales, fondateur de la bibliographie cubaine. Je dédie ces paroles à sa mémoire et tous ceux qui, dans et hors Cuba – ont tracé ce portrait de famille encore inachevée, l´image réelle ou possible du cubain tel qu’il est insinué ou reflété dans les pages des livres.










mercredi 28 mars 2012

LES TEMPS DIFFICILES QUE TRAVERSE L’HUMANITÉ

Le monde est toujours plus désinformé, pris dans le chaos d’événements qui se succèdent à des rythmes inouïs.




Ceux qui, comme moi, ont vécu un peu plus et éprouvent une certaine avidité en matière d’information peuvent attester à quel point ils étaient ignorants quand ils se colletaient avec les événements.

Alors que toujours plus de gens sur notre planète n’ont pas de logement, de pain, d’eau, de santé, d’éducation et d’emploi, les richesses de la Terre se gaspillent et se dilapident en armes et en guerres fratricides interminables, dans le cadre d’une pratique mondiale abominable qui ne cesse de se répandre.

Notre peuple glorieux et héroïque n’a jamais plié malgré un blocus inhumain qui dure depuis désormais plus d’un demi-siècle : il a lutté et continuera de lutter contre le sinistre Empire. Tel est notre petit mérite, telle est notre modeste contribution.

À l’opposé sur notre planète, à Séoul, capitale de la Corée du Sud, le président Barack Obama assiste à un Sommet sur la sécurité nucléaire pour imposer des politiques relatives à la possession et à l’utilisation d’armes atomiques.

Il s’agit là sans aucun doute de faits insolites.

Je ne me suis pas rendu compte de ces réalités par hasard. C’est à la suite des expériences vécues pendant plus de quinze ans après la victoire de la Révolution cubaine – la bataille de Playa Girón, le blocus criminel imposé par les Yankees pour nous soumettre par la faim, les attaques pirates, la sale guerre et la crise des Missiles en octobre 1962 qui mit le monde au bord d’une sinistre hécatombe – que je me suis persuadé que marxistes et chrétiens sincères – j’en avais connu beaucoup – pouvaient et devaient, indépendamment de leur convictions politiques et religieuses, se battre pour instaurer la justice et la paix entre les êtres humains.

Je l’ai dit alors et je le soutiens sans la moindre hésitation. Les raisons que je peux en présenter aujourd’hui restent absolument valables et sont encore plus importantes, car elles sont confirmées par les faits survenus depuis presque quarante ans. En effet, personne – marxistes ou chrétiens, catholiques ou non, musulmans chiites ou sunnites, libres-penseurs, matérialistes dialectiques ou autres – personne, je le répète, ne serait partisan de la disparition prématurée de notre espèce pensante, unique en son genre, dans l’attente que les lois complexes de l’évolution donnent naissance à une autre qui lui ressemble et soit capable de penser.

Je saluerai avec plaisir, demain mercredi, le pape Benoît XVI, comme je l’avais fait pour Jean-Paul II, chez qui le contact avec les enfants et les modestes citoyens du peuple suscitait invariablement des sentiments d’affection.

Quand j’ai appris par notre ministre des Relations Extérieures Bruno Rodríguez qu’il en serait satisfait, j’ai demandé au pape de me réserver quelques minutes de son programme si chargé pour un contact simple et informel.

Fidel Castro Ruz
Le 27 mars 2012
20 h 35
































" Os três dias de um noivado " Teixera e Sousa

Poema 1844

Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa
Cabo Frio 28/03/1812 - Rio de Janeiro 1/12/1861


[...]
"Sou um pássaro que luzir
Vendo d'aurora os encantos,
Pelo prado alegremente
Solta seus festivos cantos:
Eu te adoro, ó minha amada,
Eu te amo, como a ave
Ama a luz da madrugada!

Tu és quem minha alma adora,
És minha brilhante aurora".

[...]















Mais je n´ai jamais cessé de peindre. La peinture en général, c´est toute ma vie.

Le monde de Portocarrero au Musée des Beaux-Arts

La Havane - Cuba
Mireya Castañeda. 21 , Mars 2012





Une exposition exceptionnelle au Musée des Beaux-Arts pour le centenaire de l´artiste

René Portocarrero est né dans le quartier du Cerro à La Havane, le 24 février 1912, où il est décédé le 7 avril 1985. Dénommé le peintre de La Havane, il est une des figures majeures des arts plastiques cubains. À l´initiative de l´UNESCO, cette année sera consacrée à la commémoration du centième anniversaire de la naissance du peintre.

La Havane célèbre son anniversaire par une exposition très complète dans le bâtiment consacré à l´art cubain du Musée national des Beaux-arts, intitulée René Portocarrero : les villes, leurs femmes et leurs fêtes populaires.

L´exposition, qui a été soigneusement montée par Roberto Cobas, n´est pas anthologique - le musée lui a consacré une vaste rétrospective en 1967 - ; elle est composée de 31 pièces marquantes de l´œuvre de Portocarrero.

Le titre annonce trois lignes fondamentales qui identifient l´artiste à l´ensemble de son œuvre. « Plus que d´étapes, dans sa peinture on doit parler de thèmes, qui s´expriment dans une continuité magique », signale Roberto Cobas dans le catalogue, bien conçu, présenté lors de l´exposition, le 24 février.

Les pièces exposées ont été créées entre 1939, année où Portocarrero a peint ses premières huiles (Casablanca) et 1984, un an avant son décès (Grand carnaval Nº 1).

En suivant le fil de l´exposition, nous démarrons par La Havane, protagoniste majeure de l´œuvre de l´artiste. Il a commencé à peindre la ville dans les années 40 avec la série Intérieur du Cerro 1943 et 1944, et en 1948, « il réalise un dessin au pastel dans lequel il fait une approche candide de la ville (Ville 1948 et 1951) », écrit Cobas.

« Pourtant, c´est dans les années 50 que la ville aura un poids et une consistance décisives », un thème qu´il développera dans les années 60 pour devenir des images emblématiques. Une série qui s’achève en 1963 avec Paysage de La Havane.

Appartiennent à cette époque également les cathédrales (Cathédrale 1956), qu´il traite comme les villes, avec le style baroque que souligna l´écrivain Alejo Carpentier.

Les femmes arrivent tôt dans l´œuvre de Portocarrero, et y restent de façon récurrente : depuis un tableau comme Casablanca (1939) jusqu´à la surprenante série Portraits de Flora, une des plus connues, (No 2, 5 et 7, 1966), exposées lors de la 33e Biennale de Venise.

Il reviendra au thème de la femme dans les années 80 avec les séries Mères éternelles et Transfiguration et fugue.

Ses fêtes populaires arrivent en dernier. Le premier ensemble date de 1947, « une impressionnante série de pastels où il rassemble, avec des traits nettement impressionnistes, la culture cubaine avec ses fêtes et ses danses populaires, auxquelles il intègre des éléments des pratiques religieuses afro-cubaines » (Bembé et Carnaval chinois à La Havane).

On arrive alors à une de ses séries les plus appréciées, Couleur de Cuba, de 1962 et 1963. « Portocarrero prend le prétexte des fêtes populaires pour réaliser une recherche sur les éléments de cubanité à travers les personnages les plus caractéristiques : figures de carnaval… mais aussi images de Santa Barbara et de Yemaya » (Figures de carnaval, Femmes ornées, Petit Diable, Sainte Barbe).

Suivant cette même inspiration, au cours de la décennie suivante « Portocarrero crée une de ses séries de portée universelle, parmi les plus réussies de son œuvre : Carnavals, composée d´environ 200 œuvres qui à la différence de la série Couleur de Cuba, circonscrite au contexte cubain, est conçue avec un sens universel et transcendant. On y découvre des personnages portant des masques qui pourraient défiler aussi bien dans les rues de La Havane que sur les canaux de Venise ».

L´exposition dédiée au centenaire de l´artiste termine avec une de ses dernières pièces : Grand Carnaval No 1 car, toujours selon le curateur, « elle synthétise les trois thèmes centraux de cette exposition ».

Pendant l´inauguration de l´exposition René Portocarrero : les villes, leurs femmes et leurs fêtes populaires, les visiteurs ont pu vivre un moment privilégié : entendre un enregistrement d´un récit du peintre où il se souvient de ses débuts dans l´art, et où il a confié : « Je suis âgé maintenant, mais je n´ai jamais cessé de peindre. La peinture en général, c´est toute ma vie. »





















Si nous n’apprenons pas à comprendre, nous n’apprendrons jamais à survivre

Les chemins qui mènent à la catastrophe






Je pourrais écrire ces Réflexions aujourd’hui, demain ou n’importe quel jour sans risque de me tromper. Notre espèce doit se colleter à des problèmes nouveaux. Quand j’ai affirmé voilà vingt ans à la Conférence des Nations Unies sur l’environnement et le développement qu’une espèce était en péril d’extinction, j’avais moins de raisons qu’aujourd’hui pour alerter au sujet d’un danger que je voyais sans doute menaçant d’ici à cent ans. Quelques dirigeants des pays les plus puissants manipulaient alors le monde. Ils se bornèrent à m’applaudir par politesse et continuèrent sans ciller de creuser la sépulture de notre espèce.

On aurait pu penser que le bon sens et l’ordre régnaient sur notre planète. Il y avait beau temps que le développement économique appuyé sur la technologie et la science semblait être l’alpha et oméga de la société humaine.

Aujourd’hui, tout est bien plus clair. De profondes vérités se fraient un passage. Presque deux cents États, soi-disant indépendants, constituent l’organisation politique à laquelle il est échu, censément, de régir les destinées du monde.

Environ vingt-cinq mille armes nucléaires aux mains de forces alliées ou antagonistes disposées à défendre l’ordre changeant, par intérêt ou par nécessité, réduisent virtuellement à rien les droits de milliards de personnes.

Je ne serais pas assez naïf pour assigner à la Russie ou à la Chine la responsabilité du développement de ce genre d’armes après la monstrueuse boucherie d’Hiroshima et de Nagasaki commise par Truman à la mort de Roosevelt.

Je ne commettrais pas non plus l’erreur de nier l’Holocauste qui a coûté la mort à des millions d’enfants et d’adultes, d’hommes et de femmes, surtout juif, gitans, russes et d’autres nationalités, aux mains du nazisme. Voilà pourquoi la politique infâme de ceux qui nient son droit à l’existence au peuple palestinien me répugne.

Qui peut penser que les États-Unis seront capables d’agir d’une manière indépendante qui les préserve de la catastrophe inévitable qui les attend ?

Les quarante millions de dollars que le président Obama a promis de collecter en quelques semaines pour sa campagne électorale ne serviront qu’à prouver que la monnaie de son pays est très dévaluée et que les États-Unis, à la tête d’une dette publique insolite et toujours croissante qui frôle les vingt billions de dollars, vivent de l’argent qu’ils impriment et non de ce qu’ils produisent, tandis que le reste du monde paie pour ce qu’ils dilapident.

Que nul n’aille croire non plus que le candidat démocrate sera meilleur ou pire que ses adversaires républicains, qu’ils s’appellent Mitt Romney ou Rick Santorum. Des années-lumière séparent ce trio de personnages aussi illustres qu’Abraham Lincoln ou Martin Luther King. Il est vraiment inouï de constater qu’une nation si puissante technologiquement parlant dispose d’un gouvernement si vide d’idées et de valeurs morales.

L’Iran ne détient pas d’armes atomiques. On l’accuse de produire de l’uranium enrichi qui sert de combustible énergétique ou de composant à usage médical. Qu’on le veuille ou non, le posséder ou le produire ne veut pas dire mise au point d’armes atomiques. Des dizaines de pays utilisent de l’uranium enrichi comme source d’énergie, mais il ne peut servir à la mise au point d’une arme atomique qu’au terme d’un procès de purification complexe.

Pourtant, bénéficiant de l’aide et de la coopération des États-Unis, Israël a fabriqué un armement nucléaire sans en informer qui que ce soit ni en rendre compte à personne, et dispose à ce jour de centaines d’entre elles sans jamais l’avoir reconnu. Pour empêcher le développement de la recherche dans des pays arabes voisins, il a attaqué et détruit les réacteurs de l’Iraq et de la Syrie, et il vient de déclarer son intention d’attaquer et de détruire les centres de production iraniens de combustible nucléaire.

C’est autour de ce point crucial qu’a tourné la politique internationale dans cette région du monde complexe et dangereuse qui produit et livre le gros du carburant qui fait marcher l’économie mondiale.

L’élimination sélective de scientifiques iraniens parmi les plus éminents par Israël et ses alliés de l’OTAN est devenue une pratique qui suscite des haines et des sentiments de vengeance.

Le gouvernement israélien a déclaré ouvertement son intention d’attaquer l’usine iranienne qui produit de l’uranium enrichi, et l’administration étasunienne a consacré des centaines de millions de dollars à la mise au point d’une bombe dans ce but.

Le 10 mars 2012, Michel Chossudovsky et Finian Cunningham ont révélé ce qui suit dans un article :

« Un important général des forces de l’air étasuniennes a décrit la plus grosse bombe classique jamais fabriquée – une bombe anti-bunker de 13,6 tonnes – comme “grandiose” pour une attaque militaire contre l’Iran.

« Ce commentaire désinvolte au sujet d’un engin d’assassinat massif a eu lieu juste la semaine où le président Barack Obama a averti de ne pas “parler à la légère” d’une guerre dans le Golfe persique.

« Herbert Carlisle, vice-chef d’état-major aux Opération de l’USAF, […] a ajouté que la bombe serait probablement utilisée dans toute attaque contre l’Iran ordonnée par Washington.

« La MOP, appelée aussi parfois “la mère de toutes les bombes”, est conçue pour perforer soixante mètres de béton armé avant d’exploser. On la juge la plus grosse arme classique – non atomique – de l’arsenal étasunien. […]

« Le Pentagone planifie une vaste destruction de l’infrastructure iranienne et des attaques massives contre des objectifs civils par l’emploi combiné de bombes atomiques tactiques et de monstrueuses bombes classiques qui causent des explosions en forme de champignon, dont la MOAB et la GBU-57A/B ouMassive Ordnance Penetrator (MOP), encore plus grosse et destructive.

« On décrit la MOP comme “une puissante nouvelle bombe qui vise directement les installations nucléaires souterraines de l’Iran et de la Corée du Nord ; elle est plus longue que onze personnes placées côte à côte, soit plus de six mètres d’un bout à l’autre”. »

Je prie les lecteurs de m’excuser pour ce jargon militaire fort embrouillé.

Comme on peut le constater, ces calculs partent du présupposé que les combattants iraniens, soit des millions d’hommes et de femmes connus pour leur ferveur religieuse et leurs traditions de lutte, vont se rendre sans riposter.

Les Iraniens ont vu récemment comment des soldats étasuniens occupant l’Afghanistan ont, en à peine trois semaines, uriné sur les cadavres d’Afghans assassinés, brûlé des corans et assassiné plus de quinze civils sans défense.

Imaginons un peu les forces étasuniennes larguant sur des installations industrielles des bombes monstrueuses capables de perforer soixante mètres de béton armé. On n’avait jamais conçu une pareille équipée !

Il n’est pas besoin de plus amples commentaires pour comprendre la gravité de cette politique : par là, notre espèce sera inexorablement menée à la catastrophe. Si nous n’apprenons pas à comprendre, nous n’apprendrons jamais à survivre.

Je suis convaincu pour ma part que les États-Unis sont sur le point de commettre la pire erreur de leur histoire et d’y entraîner le monde.


Fidel Castro Ruz
Le 21 mars 2012
19 h 35







Photo, Francisco Rivero









Generation WESTINGHOUSE. Pour la sauvegarde de la culture franaçaise

Sortir de l' impasse...

Une sortie galopante !?











Photo, Francisco Rivero
















mardi 27 mars 2012

Ruperto Jay Matamoros. Artiste Peintre 1912 - 2012

Ceintenaire de l' artiste 27/ 03 / 1912 - Santiago de Cuba. - 2008 / La Havane .

Y' a d' la joie !
Ce que seul Matamoros savait faire.
Un peintre pleinement inscrit dans la nature est représentable.





















Le 400e anniversaire de la découverte de l'image de la Vierge de la Caridad del Cobre, sainte patronne de CUBA .

Lundi, en arrivant du Mexique, a l'aéroport de Santiago de Cuba, Benoît XVI.

La raison de sa visite - le 400e anniversaire de la découverte de l'image de la Vierge de la Caridad del Cobre, sainte patronne du pays .
Cette vierge, tant vénérée par les Cubains, trônait, de fait, lundi soir, sur l'autel de messe à Santiago de Cuba.
Plus de cent mille personnes ont assisté à la messe célébrée par le Pape.

Benoît XVI est allé se recueillir, comme prévu, dans le sanctuaire de la Caridad del Cobre