samedi 11 août 2012

" Ode à imprensa : um exército que combate Conosco . "


Reconheçamos também os escritores que a brusca interrupção do erro alheio numa linha nos leva igualmente a uma verdade desconhecida : ao intestino da imprensa, às suas vísceras de ferro, as suas membranas, à sua gástrica negra. As erratas levam-no  direto ao trabalho humano. temos que descer de nosso castelo verbal e compreender o infinito labor que se escondeu debaixo de cada linha : movimento de olhos e mãos : os sócios anônimos do pensamento : os trabalhadores que desde Gutenberg continuam pertencendo ao exército que combate conosco.

Pablo Neruda




" Amor " T. mixta. Francisco Rivero





" Duas luas Azuies ". T. mixta. Francisco Rivero


 



" Ojuobá, Os olhos de Xango " T. mixta. Francisco Rivero.


" Na ladeira do Tabuão, em Salvador, no inicío do século XX, a Tenda dos Milagres
 funciona como uma universidade informal da cultura popular baiana.
Ali, ao lado do amigo tipógrafo e pintor de milagres Lídio Corró, mestre Pedro Archanjo aprende e ensina em conversas com mães-de santos, capoeristas, trabalhadores , malandros e doutores."













Encontro " A América Latina Somos Todos Nós "










A AMÉRICA LATINA EXISTE?





Afinal, o que define a América Latina? Sua extensa unidade continental? Uma oposição à América rica dos anglo-americanos? As linhas geopolíticas dos países do continente americano? A homogeneização das línguas latinas faladas na região? Uma origem comum de colonização? Uma identidade cultural?

As pistas para essas perguntas podem ser encontradas em Darcy Ribeiro, um dos intelectuais brasileiros que mais se debruçou sobre o continente latino-americano e a questão da latinoamericanidad.

Para esse pensador, uma das bases da existência da América Latina está no processo civilizatório comum que deu origem a uma população resultante do cruzamento de índios, europeus, asiáticos e africanos.

Essas populações neoamericanas constituíram-se em sociedades étnico-nacionais “cuja visão de mundo, modos de vida e aspirações – essencialmente idênticos – fazem deles um dos ramos mais floridos do gênero humano”.

Assim, continua Darcy Ribeiro, esse povo mestiço que é a população latino-americana, guarda “heranças tomadas de todas as matrizes da humanidade”.

A unidade essencial da América Latina tem, assim, raízes históricas, formando “um conjunto de povos, não só singular frente ao mundo, mas crescentemente homogêneo”. Essa homogeneidade é particularmente expressiva no plano lingüístico e cultural.

Assim, podemos responder em uníssono com Darcy Ribeiro à pergunta: “Existe uma América Latina?”: “Não há dúvida que sim”.

Texto, ECLB






Mesa Redonda " Eu vejo o outro em mim "
O olhar que fazem entre si os povos latino-americanos

Carlos Pronzato - cineasta argentino.
Bolivar Almeida - Prof. História - Porto Alegre.
Pablo Fernabdez - Trovador argentino.
Francisco Rivero - Artista plastico cubano.
Mediador : Gustavo Gomes Lopes - Prof. Historia IFF - Campus Campos - Guarus






Fotos, ECLB










" Jorge te abençoou..." Sra. Socorro


 "...con toda la fuerza de nuestra latinidad " baiana " prestada.
Jorge te abençoou ( perdon ! ) con los los orixas y loas de nuestra alma ."
Socorro
Bom Jesus, 10 / 08 / 2012








 Zelia, Jorge Amado, Pablo Neruda. - Salvador de Bahia - Brasil


"- Pedro Arcanjo Ojuobá, o leitor de livros e o bom de prosa, o que conversa e discute com o professor Fraga Neto e o que beija a mão de Pulquéira, a ialorixá, dois seres diferentes, quem sabe o branco e o negro ? Não se engane, professor, um só Mistura dos dois, um mulato só."




" Pintor de Milagres " T Mixta. Francisco Rivero









“ América, não apagues tuas Lâmpadas “ INSTALLATION



A exposição Pablo Neruda no Brasil







Aqui está uma obra plástica composta por elementos diferentes porém que se complementan uns aos outros.


É a homenagem à America latina e ao Caribe que em todas suas diversidades de longitudes e latitudes geográficas nos surpreendem com sua energia fundadora de esperanças certeiras.

A exposição Pablo Neruda no Brasil é um convite para falar e cantar nossa contemporaneidade, como também ocorreu com os amigos de Neruda. Me refiro a dois deles, que foram para mim homens de seu tempo, tanto por seu compromisso cidadão, como por seu labor literário: Jorge Amado, Zelia Gattai, anfitriões queridos nessa “mariposa verde” chamada Brasil, bem como o poeta cubano Nicolas Guillén.

São diáfanos e vitais seus aportes, são como sementes que germinam com o desejo que temos de nos conhecermos melhor através da linguagem e do tempo. Há algo cósmico neste vasto território que me mobiliza como artista plástico.

Da obra e sua motivação em seu conjunto, posso dizer que esta foi impregnada de ternura, de generosidade, de contradições e também das tristezas desse indivíduo americano. No espaço desta composição, os suportes como tecido, madeira e outros se aproximam no silêncio que me inspiram os homens e mulheres que iluminam para sempre o caminho de profundidades latino-americanas e caribenhas. Cheguei ao Brasil pelas estradas das águas descritas pela prosa e poesia de Jorge Amado, Pablo Neruda e Nicolas Guillén.

Ao ar ! O amplíssimo azul celeste !

Alegria, Alegria. Hoje 10 de agosto de 2012 celebramos o centenário de nascimento de Jorge Amado.

Obrigada ao ECLB pela ideia e organização desta jornada de amizade e arte.















Fotos, Francisco Rivero











dimanche 5 août 2012

A excelência do espírito olímpico. Frei Betto




O que mais me impressiona neste XXX Jogos Olímpicos é o congraçamento de todas as nações. 
Há mais países representados nesta grande festa do esporte (204) que na ONU (193). E pela primeira vez todos os comitês olímpicos nacionais enviaram atletas mulheres, inclusive Arábia Saudita, Catar e Brunei.




Foto, Francisco Rivero




Nos estádios londrinos são relevadas todas as diferenças e divergências políticas, econômicas, ideológicas, religiosas e étnicas. Ali 29 modalidades de 26 esportes irmanam Israel e Irã, Estados Unidos e Cuba, Coreia do Norte e Coreia do Sul.


Foi na cidade grega de Olímpia que os jogos surgiram, há 4.500 anos, como um ritual religioso de homenagem aos deuses e fortalecimento da paz entre as cidades-estado. Em 392 os jogos foram proibidos pelo imperador romano Teodósio I. Séculos depois, em 1896, eles renasceram em Atenas, que sediou o I Jogos Olímpicos da era moderna.


As Olimpíadas são o prenúncio de um outro mundo possível, o mundo solidário no qual a humanidade viverá como uma grande família. Em uma família as pessoas são diferentes, possuem talentos e aptidões distintos, mas todos têm os mesmos direitos e oportunidades. Assim deveriam viver os 7 bilhões deste planeta que ocupa a terceira órbita do sistema solar, e onde – dizem – há vida inteligente...


Nas Olimpíadas as disputas entre os 10.500 participantes são apenas esportivas. De fato, a maior disputa é a do atleta consigo mesmo, frente ao desafio de superar as marcas vitoriosas de desempenho de sua modalidade esportiva. 


Nas competições não há rancor ou humilhação da parte de quem é derrotado. Há sim gáudio e ufanismo dos atletas e países que conquistam medalhas de ouro, sem que isso traga ressentimento àqueles que não sobem ao pódio. 


Nem tudo, entretanto, são rosas na história dos Jogos Olímpicos modernos. Em 1936, a Alemanha de Hitler sediou o evento – pela primeira vez transmitido por TV. Embora os nazistas exaltassem a superioridade de uma suposta raça ariana, foram os negros norte-americanos que conquistaram as medalhas de ouro do atletismo. Um deles, Jesse Owens, pendurou quatro no pescoço.


A irritação de Hitler foi aplacada com a conquista, pelos esportistas alemães, do maior número de medalhas de ouro, 33. Os EUA ficaram em segundo lugar, com 24. Foi naquele ano em Berlim que se criou o ritual do cortejo da tocha olímpica. 


Outro momento trágico ocorreu também na Alemanha, nas Olimpíadas de 1972. A 5 de setembro, terroristas de uma organização denominada Setembro Negro invadiram a Vila Olímpica e ocuparam os dormitórios da delegação israelense. Ameaçaram executar um refém a cada hora, caso não fossem soltos 200 prisioneiros árabes dos cárceres de Israel.


As competições foram suspensas no decorrer das negociações e o COI (Comitê Olímpico Internacional) chegou a cogitar o cancelamento do evento.  A polícia interveio, deixando um saldo de 18 mortos, entre os quais onze reféns, cinco terroristas, um policial e um piloto de helicóptero. 


Bilhões de pessoas param diante de aparelhos de TV para assistir à abertura dos Jogos Olímpicos. Cada país anfitrião procura oferecer o melhor de sua arte na inauguração do evento. Os ingleses brilharam numa mistura de história, entretenimento, humor, tecnologia e música. 


O que mais me chamou a atenção na cerimônia de abertura foi a ênfase do sistema de saúde britânico, o NHS (National Health Service). Equivale ao nosso SUS, com a diferença de que é tido como o melhor do mundo. 


O Brasil abrigará, em agosto de 2016, a XXXI Olimpíada. A presidente Dilma prometeu, em Londres, que a abertura dos jogos, no Rio, haverá de superar a de Londres. Teve início, portanto, a competição pelo glamour... E Dilma já fez uma sugestão de coreografia: uma escola de samba.


Torço para que, em 2016, o Brasil exiba ao mundo o melhor de sua música, dança e tecnologia de efeitos especiais, mas também mostre como o nosso povo tem assegurado os três direitos fundamentais do ser humano: alimentação, saúde e educação. 


Para tanto é preciso, desde agora, dobrar o investimento nessas áreas. Se queremos superar Londres, não basta fazê-lo na forma, mas também no conteúdo, para que as Olimpíadas do Rio não sejam apenas uma festa na terra de um povo semianalfabeto e carente de recursos para acesso às boas condições de saúde.
















La nuit du temps. PEINTURE


Un exil créateur d' îles et de genèse d ' aprés l' exode.  

Le peintre-diseur mariant rythmes et images pour l' initié- capteur, contre la nuit du temps.
  












Fotos, Francisco Rivero














Pão de Açucar. PERFORMANCE



L' heureuse tendresse du soleil bercées par l' aube irrésistible ouverte sous le Pão de Açucar.






Fotos, Francisco Rivero













samedi 4 août 2012

Teofilo Stevenson. l'amour que je porte à mon peuple.


Ma plus grande réussite dans la vie, c'est l'amour que je porte à mon peuple.






Il fait partie de ces hommes qui n'a pas besoin d'être physiquement présent pour qu'on sente sa présence. Non seulement pour les gloires (victoires) dont il a paré son pays, ce petit morceau de Caraïbe, au point de faire de lui un référent mondial, ce qui suffirait pour que tout un quartier, un groupe de jeunes étudiants, une association de travailleurs se sente concerné par chacun de ses exploits, mais encore parce que nombreux sont les cubains qui racontent qu'ils ont un ami qui leur parle du jour où le grand champion lui a serré la main.













Marilyn Monroe 1926-1962.










Marilyn Monroe 1926-1962. Cela a le mérite de la sobriété. Cinquante ans après sa mort, cette «enfant radieuse», selon l'expression de Truman Capote, continue à fasciner, intriguer.